Operação Navalha, Furacão etc... (Complementado)
Não me surpreende essa profusão de operações policiais que estão a desmantelar esquemas de corrupção nas três esferas de governo e nos poderes legislativo e judiciário.
Trata-se de um problema crônico, resultante da nossa pobreza educacional, aliada a grau de segurança que a elite branca dominante goza. Não sei se estou conseguindo me fazer entender, mas em outras palavras, penso que quanto mais essa elite se sente impune, maior é o grau de corrupção, paralelo a situação de alienação das massas.
Mas a questão é que agora, com uma polícia federal mais científica e menos empírica, os resultados estão mais visíveis.
Entretanto, não impressiona e nem me torna um pessimista os inúmeros casos escabrosos desvendados pela Polícia Federal. A situação, guardada as devidas proporções, é idêntica a questão do adultério: ele sempre existiu; a tecnologia é que tornou tudo mais claro...
Um País de pessoas honestas, respeitadores das regras legais, sociais e morais, não surge da noite pro dia. Não vamos nos esquecer que na época do descobrimento, Portugal mandava os criminosos degregados para cá. Um País completamente decente será herança para nossos netos ou bisnetos, quem sabe...
20 comentários:
Creio que este problema crônico (corrupção), não seja resultante da "nossa pobreza educacional", na minha visão as pessoas mais corruptas são aquelas que têm conhecimento, educação, saber jurídico, inteligência, por exemplo, ADVOGADOS, PROMOTORES, JUÍZES, DEPUTADOS, SENADORES, MINISTROS, PRESIDENTES, etc, ou seja, o poder e o dinheiro corrompe qualquer ser humano!!!!!!!
Eguinaldo.
Noutro dia li algo a respeito da corrupção ser um fator "cultural" no nosso país! Eu discordo, acho que a corrupção é uma "erva daninha" que se alastra por todos os cantos! Mas o mal só se alastra onde o bem se omite! Nosso problema cultural não é a corrupção, mas a omissão! Estamos tão desesperançosos de haver qualquer mudança fática, que apenas preferimos fingir que não nos importamos! O problema que vejo é que quando a corrupção bater a nossa porta e tivermos vontade de reagir, será tarde demais!
Quem de nós não conhece algum corrupto? Quem de nós não sabe quem realmente é criminoso? Sim, sabemos! Mas quando nos encontramos nos meios sociais fingimos que não sabemos, suportamos sua impáfia!
Quando deixamos de dar valor social a esses corruptos que erriquecem às custas do Erário, então a reprovação social já será uma forma de retaliação a essa prática peçonhenta!
As operações da PF servem pra nos impedir de continuar fingindo que não sabemos quem é quem!
Um dia a coisa muda!
Loreeeeeeena. Inspirada pela lamina da "Navalha".
Já ta'em Manaus pessoa? :D
Christhian, meu amigo,
Tô em Manaus...e o mais engraçado é que encontrava mais meus amigos na net quando estava longe, agora que voltei, não encontro ninguém!! Acho que vou viajar de novo ´pra poder teclar!
Pois é, quando vejo a PF em ação fico na torcida para que ponha fim a uma pequena parcela que seja daqueles corruptos que se alastram na cidade! De pouquinho em pouquinho quem sabe, né?!
Sou brasleira, não desisto nunca!
Aparece!
Para Christhian, Lorena e Eguinaldo.
Cada um dando sua contribuição e enriquecendo o debate. Após ler os comentários postados por vocês, decidi complementar o post. Não existe resposta simples para a questão da corrupção, como não é possível apontar causa única para o problema da violência.
É problema cultural? acredito que sim, mas não é isolado; É problema de alienação do grosso da população, como colocou a Lorena? Acredito que sim, mas também não é o fator primitivo;
É questão de poder e dinheiro, que "corrompe todo mundo"; acredito que não, até porque a afirmação veio generalizada e as generalizações são perversas e injustas, tanto para o bem como para o mal.
Enfim, vamos debater...
"Negociata é um grande negócio ao qual nós não fomos convidados". Se estamos dentro, "nâo é bem assim", se estamos "de fora", chamamos de negociatas os tais "fatos".A verdade é que o brasileiro em geral acostumou-se com o delito e estamos aceitando a tudo. Díficil é fazer a fila andar sem dar uma "pontinha" isso é fato.Quando necessitamos e dispomos de algum acabamos até inconscientemente permitindo.Também sou brasileiro e não desisto nunca.Quem sabe um dia...
Ouso discordar de vc, caro "viajante do tempo", pedindo a vênia para lhe dizer algo que meu pai me ensinou e que tento manter como cerne do suporte de todas as minhas ações: "Princípios só têm valor quando os mantemos mesmo nos sendo inconveniente".
Enfim acho que o errado e o certo não se confundem! Uma prática errada continua errada independente de quem a pratique!
Acho que vou morrer inconformada com os "delitos" cometidos, em especial com o dinheiro público!
Mas tenho a esperança de que podemos não apagar o incêncio de uma vez, mas certamente, de gotinha em gotinha, salvamos umas folhinhas, da floresta em chamas!
Lorena, seu post me fez lembrar Martin Luther King, quando disse que não se preocupava com o grito dos violentos (corruptos e corruptores) e, sim, com o silêncio dos bons.
Esse comodismo, relatado pelo Highlander é que precisa mudar. Vamos fazer a nossa parte.
Exato. Não acho que possamos mudar o mundo rapidamente, de uma única vez! Mas podemos mudar um pouco a cada dia, em nossas ações diárias...Não pactuar com as benécies concedidas pelos poderosos, mesmo que seja em favor próprio; devolver o troco recebido a maior; não furar fila; não dar "jeitinho"; exigir concurso público mesmo que implique na exoneração pessoal ou de amigos e familiares; acabar com essa onda de "cooperativas" prestando serviço onde deveria haver servidor efetivo; exigir a ampla publicidade dos gastos públicos...enfim...tomar posse de nossa cidadania!É o que podemos fazer.
Lorena, não querendo ser pessimista, é pouco provável que sejamos a "palmatória do mundo". Precisaríamos de mais ou menos de 90 milhões de pessoas (metade da população)agindo da mesma forma, ou seja, de maneira correta, honesta, porém, parabenizo-a pelo seu pensamento otimista!!!!
Eguinaldo.
Pois é...não me acho otimista, apenas não aceito estar condenada ao mundo caótico criado pela corrupção! Acho que muito além de um "otimismo" (conceito que beira a utopia!) sou idealista, isso sim...É verdade que me decepciono na maior parte do tempo, mas posso deixar de colocar pequenos ideais a minha frente e continuar tentando. Então parafraseando Che Guevara : "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás"!
À Lorena e Dr Zamith:Ontem completei 5.0.Lembrei-me dessas passagens pessimistas e relatei uma delas. Fico meio descrente mas encontro ressonância otimista nos comentários do dr Zamith e agora a Lorena. É cediço que o que buscamos e não encontramos nos torna, às vezes,sem esperança alguma e nos fazem "olhar' o outro lado, o real e que nos recusamos à fazer parte.À propósito meus amigos virtuais; meu nome não é Highlander. Sou um anônimo ao quadrado, apenas um estudante de direito numa terra onde até o vice governador é um anônimo já que a sociedade apenas identifica como "alguém" o Gov. e o Pres. do Tribunal, não posso ser eu considerado alguém né não?Obrigado ao Dr Zamith pelas suas "aulas"no blog. Seus textos são show de bola.abraços
Ainda no mesmo assunto, anos atrás havia um programa chamado "voce decide".Num deles a questão era, se alguém achasse uma mala com dinheiro a devolveria ou não? Pois bem, nas respostas ao vivo a "unanimidade" dizia que devolveria, eram todos "honestos". Mas, na contagem real, por telefone, internet e outros"anônimos" a devolução era rejeitada e a "posse" vencia por boa margem. Isso é um dado a ser discutido. O brasileiro sofre de distúrbio de personalidade onde parece honesto quando lhe convém e age de acordo com a "lei de Gerson" quando essa lhe beneficia.Como mudar isso?Talvez os "poderes de Greyscow"influenciem alguma coisa. Abraços
Vixe...tava lendo o que eu escrevi e queria fazer umas erratas (rsrsrs):
onde se lê "benecies", leia-se "benesses".
Na outra postagem onde se lê "mas posso deixar...", leia-se "mas NÃO posso deixar..."
Desculpem a falha!
Preocupa não, Lorena, nós só tiramos sarro da Lhô.
kkkkkkkkkkk.
Valeu, anônimo!
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