sábado, 10 de fevereiro de 2007

Hora Errada

O bárbaro crime que matou o garoto João Hélio, de seis anos, revelou força suficiente para devastar a família do garoto, enlutar o Rio de Janeiro e estimular o debate sobre os meios mais eficazes para livrar a população de episódios estarrecedores como esse.

Poucas tragédias exibiram um detalhe tão brutal quanto a insensibilidade dos facínoras ao arrastar o menino até a morte - preso pelo cinto de segurança do lado de fora do carro - pelas ruas de quatro bairros da Zona Norte.

Só que a hora não é essa para se discutir adoção de pena de morte, redução da menoridade, endurecimento das penas de reclusão...

No calor da emoção do sequestro de um empresário famoso (Roberto Medina), também ocorrido no Rio de Janeiro, é que se produziu uma das leis mais hediondas e insanas do País, como o futuro mostrou.

Melhor aguardar passar o momento da comoção para discutir com mais racionalidade o assunto.


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