Casamento na Roça
Se a sexta-feira transcorreu taciturna, o sábado prometia ser diferente.
Estava programado um casamento civil, num comunidade rural localizada num dos incontáveis furos que ligam o Negro e o Amazonas. Sinceramente, não tenho a menor idéia onde fui parar, mas cheguei lá, na companhia do Guilherme e da Leila (ambos da justiça itinerante).
Pegamos um barco, desses regionais, com motor de centro, em frente à feira da Manaus Modera, perto das 15:00 horas. Acomodei-me nos no piso superior, peguei meu ipod e uma revistinha sobre automóvel e passei a viagem toda (cerca de uma hora) lendo e ouvindo música.
Fazia um calor infernal e eu fiquei a pensar como eu iria realizar um casamento todo formal (levei paletó e os acessórios, menos a beca) naquelas condições? Imaginei que o noivo e a noiva não estivessem a caráter e sendo assim, eu poderia ficar mais à vontade, dispensando o paletó e a gravata, mantendo apenas a camisa de manga.
Ledo engano. Chegando no local, fui apreentado aos pais da noiva e a mãe foi logo falando: "doutor, a minha filha já tá pronta e o noivo também". Olhei de soslaio e observei o pretendente todo becado. Minha esperança em realizar a cerimônia em trajes mais "à vontade" se esvaiu. Pedi um banheiro e um quarto para tomar banho e trocar de roupa, pois estava me sentindo higienicamente prejudicado em decorrência da viagem (não da viagem em si, mas do sobe escada, desce escada, sobe barranco, desce barranco...)
Providenciado o quarto, tomo meu banho com muita dificuldade, pois a água saia a conta-gotas. Mas tudo bem. Apronto-me já suando por todos os poros, e me posiciono atrás da mesinha especialmente preparada para a ocasião, enfeitada com uma toalha branca. Ao meu lado o tecladista, privilegiado, muito à vontade (camisa de meia e bermuda) tentava tocar algo que meu instinto dizia ser uma canção do Roberto Carlos (eu tenho tanto, pra ti falar, mas com palavras, não sei dizer....)
Hora da entrada da noiva Patrícia, acompanhada do pai, João Batista, que a entrega simbólicamente ao Hidelblano (é esse o nome do pretendente). Dirijo algumas palavras aos dois, ressaltando o privilégio que eles tem de concretizar uma união sem a ingerência de outros interesses que não o amor. Abrevio o máximo a cerimônia, pois ninguem mais suportava a alta temperatura de uma abafada tarde amazônica (quem é da região, sabe). Transcorrido uns 20 minutos dou por encerrado o casamento. Eu devo ter perdido uns 2 quilos nessa sauna involuntária (o que veio bem a calhar, porque estou com o "famoso" sobrepeso).
Final de cerimônia, permaneci no local na condição de convidado, até porque o barco que me trouxe só retornaria às 21:00 horas. Mas a companhia do Guilherme e da Leila fez valer a penal, sobre a simpatia dos convidados e do senhor João Batista. Só lamento ter recuperado o peso perdido, já que cada latinha de cerveja tem cerca de 150 calorias....
Ah, pra completar, a Leila pegou o buquê jogado pela noiva.
Estava programado um casamento civil, num comunidade rural localizada num dos incontáveis furos que ligam o Negro e o Amazonas. Sinceramente, não tenho a menor idéia onde fui parar, mas cheguei lá, na companhia do Guilherme e da Leila (ambos da justiça itinerante).
Pegamos um barco, desses regionais, com motor de centro, em frente à feira da Manaus Modera, perto das 15:00 horas. Acomodei-me nos no piso superior, peguei meu ipod e uma revistinha sobre automóvel e passei a viagem toda (cerca de uma hora) lendo e ouvindo música.
Fazia um calor infernal e eu fiquei a pensar como eu iria realizar um casamento todo formal (levei paletó e os acessórios, menos a beca) naquelas condições? Imaginei que o noivo e a noiva não estivessem a caráter e sendo assim, eu poderia ficar mais à vontade, dispensando o paletó e a gravata, mantendo apenas a camisa de manga.
Ledo engano. Chegando no local, fui apreentado aos pais da noiva e a mãe foi logo falando: "doutor, a minha filha já tá pronta e o noivo também". Olhei de soslaio e observei o pretendente todo becado. Minha esperança em realizar a cerimônia em trajes mais "à vontade" se esvaiu. Pedi um banheiro e um quarto para tomar banho e trocar de roupa, pois estava me sentindo higienicamente prejudicado em decorrência da viagem (não da viagem em si, mas do sobe escada, desce escada, sobe barranco, desce barranco...)
Providenciado o quarto, tomo meu banho com muita dificuldade, pois a água saia a conta-gotas. Mas tudo bem. Apronto-me já suando por todos os poros, e me posiciono atrás da mesinha especialmente preparada para a ocasião, enfeitada com uma toalha branca. Ao meu lado o tecladista, privilegiado, muito à vontade (camisa de meia e bermuda) tentava tocar algo que meu instinto dizia ser uma canção do Roberto Carlos (eu tenho tanto, pra ti falar, mas com palavras, não sei dizer....)
Hora da entrada da noiva Patrícia, acompanhada do pai, João Batista, que a entrega simbólicamente ao Hidelblano (é esse o nome do pretendente). Dirijo algumas palavras aos dois, ressaltando o privilégio que eles tem de concretizar uma união sem a ingerência de outros interesses que não o amor. Abrevio o máximo a cerimônia, pois ninguem mais suportava a alta temperatura de uma abafada tarde amazônica (quem é da região, sabe). Transcorrido uns 20 minutos dou por encerrado o casamento. Eu devo ter perdido uns 2 quilos nessa sauna involuntária (o que veio bem a calhar, porque estou com o "famoso" sobrepeso).
Final de cerimônia, permaneci no local na condição de convidado, até porque o barco que me trouxe só retornaria às 21:00 horas. Mas a companhia do Guilherme e da Leila fez valer a penal, sobre a simpatia dos convidados e do senhor João Batista. Só lamento ter recuperado o peso perdido, já que cada latinha de cerveja tem cerca de 150 calorias....
Ah, pra completar, a Leila pegou o buquê jogado pela noiva.
As fotos são de lá.
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