sexta-feira, 6 de julho de 2007

Nome e processo sujo

Vejam o inusitado protesto de um condenado, relatado por Moacir Japiassu.

Os funcionários do cartório da 5.ª Vara Criminal de Jaú (47 quilômetros de Bauru) se assustaram ontem à tarde quando o escriturário Romildo Segundo Giachini Filho, ao contrário do que fazia todos os meses, pegou seu processo para assinar e, imediatamente, pediu para que todos se afastassem.Por alguns segundos, imaginaram que ele fosse agir violentamente ou sacar uma arma.

Erraram.

A cena que veio na seqüência foi tão inusitada quanto escatológica: o escriturário, 49 anos, abaixou a calça e defecou sobre a papelada.

A atitude foi um ato de protesto, segundo contou Giachini Filho ao delegado Wanderley Benedito Vendramini, titular do 2.º distrito policial (DP) de Jaú, que ontem respondia também pelo plantão policial na cidade. O escriturário havia sido condenado em 2005 num processo que apurou crime de posse ilegal de arma e aceitou uma transação processual que determinou que, por 24 meses, ele deveria comparecer ao cartório da 5.ª Vara mensalmente, comprovando sua presença com uma assinatura no processo.

Ontem foi o dia da última assinatura, mas ao invés de pôr fim ao caso, ele resolveu extravasar - literalmente. Contido pelos funcionários do cartório, Giachini Filho ainda pegou o processo e teria dito que iria esfregá-lo “na cara do juiz e do promotor” que o condenaram. Deixou o cartório e foi detido pouco depois por policiais militares (PMs), que o encaminharam ao plantão.

De acordo com o delegado, o escriturário disse que defecou sobre o processo porque não se conformava com a condenação que, segundo ele, teria sujado seu nome, colocando-o como se fosse um marginal, o que ele não aceitava.

A rebeldia de mau gosto do escriturário piorou sua situação diante da Justiça. Se tivesse assinado o processo ontem, como fazia todos os meses, seu compromisso estaria terminado. Mas ao sujar os papéis propositalmente, cometeu outro crime. “O Instituto de Criminalística constatou a presença de suas fezes sobre o processo, que ficou inutilizado em parte. Com isso, ele foi autuado em flagrante pelo crime de inutilização de documento público”, explica Vendramini. Segundo o delegado, a pena prevista para esse tipo de delito é de dois a cinco anos de prisão.

Ainda na noite de ontem, Giachini Filho deveria ser encaminhado para a Cadeia Pública de Barra Bonita.

9 comentários:

Anônimo disse...

Putz...que cagada!!!

Anônimo disse...

coitado..deveria ser absolvido por imaginação fértil.

Carlos Zamith Junior disse...

Pois é Carolina, eu fico pensando na mão-de-obra que ele teve para sincronizar a ida ao cartório e o momento sublime em que todos os homens são iguais...

Anônimo disse...

Carolinaaaaaaaa!!!
Voce já imaginou se realmente houvesse a possibilidade de absolvicao pela imaginacao fértil? O fórum viraria um trono gigante!!! :P

Toinho disse...

Eu fico imaginando se sou eu quando tomo meus chás naturais laxantes, eu não "acabava" com um processo não, era com o Fórum todo, com essa minha "barriguinha". Iria ser tão prazeroso. Pois, convenhamos, uma KHDA tem o seu valor.
Toinho

Anônimo disse...

Kakinhas à parte, foi muito original, ganhou seus cinco minutos de fama. O problema é que o efeito da "fama", com o tempo, virá ao contrario e ele será sempre conhecido como o hgão.
Huuuuum... que mal cheiro!

Anônimo disse...

Hhauahuahuahuauahuahuahuahuahuahuahuhauah....esse Antonio Carlos é uma figuuuuuuuuuuuuuuura!!! Os blogs sao mais alegres com os comentários dele. :D

Anônimo disse...

É bom ouvir esses "uivos" de novo.
Curiosidade:Eles (os uivos) são de um Lobo, de um Rottweiller, ou de um Poodle?São a marca registrado do Dr. Crhistian.Brincadeirinha.
Abraços

Anônimo disse...

Poodle! :D